história de S. Bento da Porta Aberta


S. BENTO DA PORTA ABERTA

O santuário de S. Bento da Porta Aberta ou de São Bentinho, atrai romeiros de todo o Norte do País.

S. Bento é conhecido na Igreja Católica pela sua bondade, representando a vitória do bem sobre o mal. Viveu no primeiro século da era cristã e foi-lhe atribuído o título de “Pai da Europa”.

Mas afinal quem foi S. Bento?

Nasceu na cidade de Núrsia, no centro de Itália, em 24 de Março de 480.

Desde criança que mostrou ter um coração cheio de bondade. Desprezava as vaidades e os prazeres dos sentidos. Mandado para Roma para acabar os estudos, acabou por fugir de lá, chocado com aquilo que considerava um mundo de imoralidade e corrupção. Renunciou a tudo e abraçou a austera vida de eremita.
Escreveu um livro com código de leis que regulavam toda a doutrina evangélica: a REGRA.

Mandou construir doze mosteiros com superiores permanentes de doze monges, um em cada mosteiro, e legou-lhes a sua REGRA, com os príncipios para uma vida honesta e santa. Estava assim criada a Ordem Beneditina.

Entre os seus fiéis, S. Bento representa a protecção contra todos os males e contra doenças.

Faleceu em 21 de Março de 547.

Muito próxima S. Bento e portanto não podendo ser esquecida, está Santa Escolástica, sua irmã.

Foi desde sempre grande admiradora e seguidora de seu irmão e quando os pais faleceram, ela começou a viver mais recolhida, acabando por partir com uma criada, em busca de seu irmão.

S.Bento, consentiu no seu desejo e mandou fabricar uma cela pertinho do seu mosteiro, para Escolástica e sua criada, dando-lhes regras idênticas à sua REGRA.

Escolástica, tornou-se assim a fundadora do ramo feminino da Ordem Beneditina.

Santa Escolática é invocada pelos seus fiéis como protectora para tempestades, trovoadas e aguaceiros. Isto porque numa determinada noite em que conversava com seu irmão e não querendo que ele se recolhesse deixando-a só, invocou Deus e uma tremenda tempestade caiu, impedindo S. Bento de sair de sua companhia. Passaram assim a noite conversando e três dias passados, faleceu.

A festa litúrgica de S. Bento, actualmente encontra-se fixada a 11 de Julho, com honras de Patrono da Europa.

Porquê que a imagem de S. Bento tem a seus pés um corvo com um pão no bico?
Um corvo era o grande amigo de S. Bento. Todos os dias, na hora da refeição, um corvo costumava vir da floresta vizinha, receber alimento das mãos de S. Bento.

Ora um dia, um sacerdote de Subiaco, mandou de presente a S. Bento, um pão benzido que os clérigos costumavam oferecer-se mutuamente, como lembrança piedosa e em sinal de comunhão ou em sinal de simples amizade.

S. Bento, pressentindo que o pão estava envenenado, lançou o pão ao corvo pedindo-lhe que o lançasse em algum lado onde não pudesse ser achado por homem algum.

O corvo, voltou ao fim de 3 horas. Sem o pão. E pronto para receber das mãos de S. Bento a sua refeição habitual.

Origem do culto a S. Bento

No séc. XVII foi construída uma pequena ermida, dedicada ao culto de S. Bento. Mas só a partir do séc. XVIII é que essa pequena ermida se transformou em local de peregrinação

E como a igreja se mantinha de portas abertas, dia e noite, para albergar as inúmeras pessoas que aqui vinham ou passavam, assim teve origem o nome actual de: Santuário de S. Bento da Porta Aberta.

A Igreja:

data do século XIX

a capela-mor foi sagrada em 1885.

A igreja merece uma visita, pela sua arquitectura, pelos bonitos painéis de azulejos, pelo tecto pintado, mas para quem aui vem como devoto de S. Bento, o ponto principal será sem dúvida, a imagem de S. Bento colocada na capela-mor, num pavilhão revestido a talha dourada.

Tem-se acesso a esta imagem, através de um corredor, pelo qual os devotos passam para beijar o manto do santo.

Por detrás da Igreja, está a Casa do Sal, onde os fiéis oferecem sal. Segundo a tradição, o sal é uma oferta que agrada ao padroeiro.

E como o número de fiéis vem aumentando, sobretudo por ocasião das festas de S. Bento, houve a necessidade de ampliar o santuário.

Ao lado da igreja, construiu-se um recinto bem mais amplo e de arquitectura actual ( o autor foi o arquitecto Luís Cunha), que foi inaugurado em 11 de Novembro de 1998.

A sua simplicidade é enriquecida pelo claustro com colunas e painéis de azulejos representando cenas bíblicas.

Junto do edifício, encontram-se a Casa das Estampas, um albergue para peregrinos, a Confraria, a Estalagem de S. Bento da Porta Aberta e, um admirável parque onde não falta um lago e barcos.

Há 3 momentos festivos dedicados a S. Bento:

21 de Março – a romaria de Março

11 de Julho – a festa dos espanhóis, com uma grande afluência, sobretudo das zonas fronteiriças próximas

de 10 a 14 de Agosto – é a grande romaria de Verão.



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